“Querido John”, dizia a carta que partiu um coração e transformou duas vidas para sempre.
Quando John Tyree conhece Savannah Lynn Curtis, descobre estar pronto para recomeçar sua vida. Com um futuro sem grandes perspectivas, ele, um jovem rebelde, decide alistar-se no exército, após concluir o ensino médio. Durante sua licença, conhece a garota de seus sonhos, Savannah. A atração mútua cresce rapidamente e logo transforma-se em um tipo de amor que faz com que Savannah prometa esperá-lo concluir seus deveres militares. Porém ninguém previa o que estava para acontecer, os atentados de 11 de setembro mudariam suas vidas e do mundo todo. E assim como muitos homens e mulheres corajosos, John deveria escolher entre seu país e seu amor por Savannah. Agora, quando ele finalmente retorna para Carolina do Norte, ele descobre como o amor pode nos transformar de uma forma que jamais poderíamos imaginar.
Sendo o mais sincera e honesta que posso, esse é um dos livros mais bonitos que já li. É simplesmente impressionante como um homem pode escrever de forma tão sensível e sincera como Nicholas Sparks é capaz.
O livro é divido em três partes e narrado em primeira pessoa por John, um cara que foi criado por um pai metódico e de muitas poucas palavras apaixonado por moedas. A primeira parte conta como era John na infância, adolescência e até chegarmos ao ponto crucial do livro: Savannah e o exército. As outras duas eu deixo por sua conta e coragem.
Quando pequeno, John até que gostava de ajudar o pai com a coleção de moedas - que já era herança do avô passada para o pai -, mas com a adolescência chegando ele perde esse interesse e começa a viver de outra forma. Ele vira um rebelde e se afasta bastante do pai. Novas amizades, novos empregos, novas namoradas. A vida de John passa a ser uma diversão sem razão. Sua aprovação no colegial, segundo o próprio, foi devido ao medo do colégio de tê-lo por mais um ano. Depois de terminar um namoro, dois oficiais da marinha passam na sua frente, o que o leva a tomar uma decisão.
"Quando o recrutador bateu nas minhas costas e felicitou-me, comecei a me perguntar no que havia me metido. Isso aconteceu no final de 1997; e eu tinha vinte anos."
Não, ele não entra para a marinha. O recrutador da marinha estava em horário de almoço, o que fez com que John fosse para a outra bancada e decidisse se alistar no exército. Esse é um ponto importante na mudança de vida de John. O exército fez com que ele criasse responsabilidades.
""Mas é forçado a aprender a lição mais importante da sua vida: você tem de cumprir suas responsabilidades e é melhor fazer direito" (...) Mas, no exército, todos são obrigados a amadurecer, especialmente se você está na infantaria como eu. Você é responsável por equipamentos que custam uma fortuna, as pessoas confiam em você e, se você estragar tudo, a pena é muito mais grave do que ser enviado para a cama sem jantar."
O relacionamento com o pai melhora e eles passam a "se falar", quase que um monólogo da parte de John. Até que um belo dia de verão em junho de 2000, ele conhece duas garotas no píer, e logo chegam dois caras. A bolsa da morena cai na água por culpa de um dos babacas e esse fica todo de besteira pra ir pegar. John, vendo a cena, pula do píer e vai pegar a bolsa.
"Acho que devo explicar por que pulei no mar para recuperar a bolsa. Não pensei que ela me veria como algum tipo de herói, nem mesmo me importava quanto dinheiro ela havia perdido. Tinha a ver com a vivacidade do seu sorriso e o calor da sua risada."
Sim, John Tyree é o nosso herói sem cavalo branco (ele tem não gosta de montar). Depois disso eles começam a conversar e ficam amigos. John sente algo por ela, quase como amor a primeira vista. Mesmo eles sendo tão diferentes, há algo nela que o acalma e o deixa bem. Lá pelas tantas, a população que acompanha o livro - e todo o enrola-enrola que Savannah faz e que ele não toma atitude - dá um grito de aleluia:
"Quando os lábios dela tocaram os meus, soube que poderia viver cem anos e visitar o mundo todo e nada se compararia ao momento único em que beijei a mulher dos meus sonhos e soube que meu amor duraria para sempre."
Para tudo que eu vou morrer. Dá pra um AUTOR (HOMEM) ser mais romântico, lindo, perfeito e de derreter qualquer coração feminino desavisado? Tá, claro que o amor não é só alegrias, eles tem a primeira briga por causa de um livro que Savannah dá de presente para John na véspera da volta dele para a Alemanha. Eles se acertam e blábláblá. No dia do embarque Savannah entrega uma carta a ele e pede para ele ler durante o voo. Sem brincadeiras, essa foi uma das cartas e amor mais bonitas que eu já li. É emocionante como ela trata tudo que eles viveram em duas semanas e as juras que fazem um para o outro. (fim da parte 1)
Claaaaaro que não acaba por aí. Com a data de dispensa de John se aproximando acontece o 11 de setembro. John e todo o seu pelotão se sentem na obrigação de mais uma vez abrir mão de tudo e servir o seu país, a onda de patriotismo ataca todos e eles se realistam. Adivinha quem não gosta depois que cai na realidade do fato? Savannah.
Agora pronto, já deixei bastante coisa por aqui, o resto vocês vão precisar ler. O livro é lindo, emocionante, sensível e puro. O amor deles em todas as formas é puro. Deixo duas frases pra concluir minha ideia sobre o livro.
"A chave para a felicidade é ter sonhos realizáveis"
"Amar significa pensar mais na felicidade da outra pessoa que na própria, não importa o quão dolorosa seja a sua escolha"
Nota 10.10
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