"Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem" (Mário Quintana)

29 setembro, 2010

Não, esse livro não é romântico.

Numa iluminada noite de primavera, à beira do rio Fontanka, um jovem sonhador se depara com uma linda mulher, que chora. São Petersburgo está mergulhada em mais uma de suas noites brancas, fenômeno que as faz parecerem tão claras quanto os dias e que confere à cidade a atmosfera onírica ideal para o encontro entre essas duas almas perdidas. Em apenas quatro noites, o tímido rapaz e a misteriosa Nástienhka passam a se conhecer como velhos amigos, mas algo vem atrapalhar o desenrolar romântico deste fugaz encontro. Publicada em 1848, esta história faz parte do ciclo de obras que Dostoiévski (1821-1881) criou após amargar uma forte desilusão amorosa e é a última escrita antes da prisão e do período de exílio na Sibéria.

Exatamente o que eu disse no título isso não é um livro romântico, é um belo livro. Fala sobre o amor e as várias formas dele, mas não é um livro de amor. Nós temos um rapaz tímido que vive sozinho, nunca teve a companhia de uma mulher por uma noite. Até que ele conhece Nástienhka, uma jovem que estava chorando e quase foi atacada pelo tarado do parque, ou algo do gênero. Ele se torna um ombro amigo e um companheiro durante 4 noites para ela. Isso deve acontecer com uma condição: ele não pode se apaixonar por ela. Tudo acordado eles passam a se encontrar todas as noites, às 10 horas. Como é de se imaginar ele se apaixona por ela e tudo parece ser muito alegre. ATÉ QUE: surge um elemento imprevisível e pééééé. Acabou.

Fim. Acaba o livro. Sério.

Pode parecer seco e impessoal, mas esse é um dos livros mais belos e sensível que já li, Dostoiévski (ainda vou aprender a escrever o nome desse cara rápido) arrasa na escrita e deixa você tocado pela a história do nosso jovem solitário.

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