"Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem" (Mário Quintana)

18 outubro, 2010

A fofoca é um charme!

Lizzie Nichols não tem a mínima idéia do que vai fazer da vida e está detonando o dinheiro da formatura em uma viagem para visitar o namorado que conheceu há apenas três meses, mas isso não é nada. O problema é que Lizzie não consegue guardar nenhum segredo, o que a coloca em situações delicadas, como ficar presa em Londres sem um teto ou dinheiro. Felizmente uma amiga está por perto para ajudar, mas ela estraga tudo outra vez. Lizzie está no limite e precisará provar que pode usar sua boca grande para algo de bom.

 

 

Meg é Meg aqui e na China. Não há como perder um livro dela - salvo a série do Diário da Princesa, essa eu dispenso. Eu tinha terminado Dostoievski e precisava de algo bem mais leve. O cérebro pede tempo para respirar. A Rainha da Fofoca é tudo que se pode esperar de um livro de Meg: Bom, claro, engraçado, um pouco muito clichê, leve e com um final interessante. Não é o melhor da autora, nem chega a ser excelente. Eu achei bom. Cabô. Releria em caso de tédio, passaria um dia ou dois de frente pra esse livro e o terminaria na mesma hora.

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Entra em cena a personagem principal, Lizzie. Americana, com sede incontrolável por falar, não consegue ficar de boca fechada e sempre acaba falando merda. Já começa com ela indo visitar o namorado na Inglaterra e não conseguindo achar ele no aeroporto. Como uma boa pessoa normal vai com tudo no balcão de informações.

"- Oi, meu nome é Lizzie Nichols - eu respondo. - Meu namorado, Andrew Marshall, deveria ter vindo me buscar. Só que parece que ele não está aqui, e...

- Você quer que eu mande um recado para ele, então?

- Ah, quero sim, por favor. Você faria isso? É que tem um cara me segundo, está vendo ali? Acho que ele pode ser seqüestrador ou operador de um esquema de escravidão... [...] Aquele com a jaqueta horrorosa de ombreiras. Está vendo? Está olhando para cá."

Agora tente imaginar a pior coisa que poderia acontecer com uma recém "formada" em História da Moda. Pois é. Não vou falar o que é, vou deixar a cargo da imaginação de vocês ou da leitura do livro. Depois de muita enrolado que ela passa com o namorado, ela decide fugir e se mandar pra França, onde sua melhor amiga, Shari, está passando as férias com o namorado, Chaz. No trem ela conhece Jean-Luc.

"[...] Um cara que parece ter mais ou menos a minha idade, com cabelo escuro encaracolado, grandes olhos castanhos e camisa social cinza enfiada na calça Levi's desbotada nos lugares certos."

Com a boca incontrolável dela, começa a contar toda a sua vida e como tudo aconteceu com se ex-namorado. Ele a deixa falar e é um bom ombro amigo. Quando o trem para na estação dela, Lizzie se despede e reclama mentalmente por não poder mais ver esse anjo que apareceu no seu caminho.

MAS A VIDA É UMA CAIXINHA DE SURPRESAS.

Bom, o castelo que ela vai ficar nessas férias é somente da família de Jean-Luc, ou Luke, como Chaz chama. E o pedaço de mal caminho tem uma namorada de fazer qualquer modelo ter inveja do seu corpo, infelizmente com uma atitude de enojar qualquer um.

O final é bom, interessante e não deixa a decepcionar! Vale a pena ler.

 

Todo capítulo tem um quote sobre Fofoca e falar, são muito bons. O título do post (Fofoca é uma charme!) faz parte da frase de Oscar Wilde que titula o capítulo 22.

"A fofoca é um charme! História não passa de fofoca. Mas o escândalo é fofoca transformada em algo tedioso pela moralidade."

Oscar Wilde (1854 - 1900)

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